sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nova ração em teste - BIONATURE (Nutriara)


A ração em teste BIONATURE ainda é muito mal distribuida (pelo menos na região metropolitana do Rj e Baixada Fluminense) e pode ser encontrada com maior facilidade nas petshops genéricas com apelo "povão". Já tenho conhecimento da existência desta ração a aprox. um ano, mas nunca tinha me animado a comprar um sachê, até que tive o estalo (de novo...rs) de submetê-la a uma bateria de testes com caráter empírico afinal não tenho acesso a cromatógrafos a gás nem coisa parecida.
A análise começou com exame da embalagem que apresenta um erro grotesco que pode levar aos incautos a comprarem gato por lebre - olhem a foto, o que veêm? Isso! A imagem de um acará-disco! Um apelo marqueteiro mal-intencionado, afinal o que se pretende é vender ração para peixes tropicais e não para acarás-discos e isto precisa ser levado a sério. Que tal se a imagem fosse trocada por algo do tipo barbos+colisas+platis+mato-grossos? Já seria um bom caminho. Fica ai uma dica de consultoria gratuita para a nutriara.
Aliás, vamos falar um pouco da fabricante antes de passarmos para a fase seguinte? Esta fabricante não é nova no mercado e notabiliza-se pela fabricação de rações para cães, gatos, aves, coelhos, cavalos, além de vários premix vitamínico-minerais. No segmento de organismos aquáticos a linha de produtos atende ao segmento de aquiculturas intensivas de onívoros e carnívoros tropicais, de fundo, meia-água e de superfície. Vemos que em termos de tecnologia nutricional essa fabricante é bem experiente, embora seus produtos contemplem um segmento de consumidor que faz do preço seu diferencial na hora da escolha. 





E isto parece que foi transposto para a linha BIONATURE com vcs podem ver na etiqueta de preço - módicos 5,99 para um sachê de 45g, que ao contrário do que imaginamos é muita comida de peixe!!!!
Abrindo o sachê: para meu espanto não trata-se de um simples saquinho plástico, é algo bem melhor pois temos um sistema de zip-zap que lacra por simples pressão. É uma "mão na roda", chega de barbantinhos, elásticos, clips, pregadores de roupa!!!! Mas vejo no teste de pressão que o lacramento não é eficaz, podendo a ração absorver umidade se mal acondicionada. Uma pena. Mas vale a comodidade. Ponto positivo.
Na análise de textura, granulometria, odor (sabor não testei, minhas papilas gustativas não são de peixe, ok) a foto  pode atestar uma apresentação de bom nível com grãos de tamanho uniforme, com pouca presença de pó e de granulometria adequada às espécies-alvo (Lembrando que não são acarás-disco como a foto sugere). O odor é agradável e atesta que um dos ingredientes principais é farinha de peixe 65% (PB min.). Aliás, a lista de ingredientes é algo de gigante - diz que tem lulas (não, não é o barbudo, é o marinho), camarão (será o VG?), óleo de salmão (???), alho (???), e pasmem, mananoligossacarídeos (O que é isso???), e outras excentricidades. Será uma formulação revolucionária ou mero apelo marqueteiro travestido de tecnologia? É isto que um teste se propõe: avaliar resultados na prática do cotidiano.




Começei minhas avaliações com o item "aceitação" e o desempenho foi digno de suas similares importadas, foi imediato e de rápido consumo que credito em parte as altas temperaturas deste verão carioca que mantém a água acima de 32° a várias semanas. Os grânulos são de fácil apreensão pelos platis que tenho desde a montagem para o teste de NITROBIO, com pouca ração indo para o fundo e não sendo detectado turvação ou formação de película oleosa na superfície.
Num primeiro momento a ração mostrou-se apta a figurar na prateleira de hobbistas menos abastados (como eu e tantos outros) e mostra que nossa indústria pode colocar no mercado opções muito interessantes e de baixo custo. Só fico imaginado qto custou o sachê para o lojista.....rs.




A próxima análise será com relação a produção de derivados nitrogenados como uréia, amônia e nitritos, afinal marcar 48% de PB min. indica que pode haver excreção fora dos padrões considerados adequados para um aquário, afinal devo considerar que são fabricantes de rações para aquiculturas intensivas onde a eliminação destes subrpodutos metabólicos não é um fator de grande importância devido ao grande volume de água dos tanques. Mas isto só o tempo dirá. Então só me resta olhar para o calendário.

*ATENÇÃO: Ao fazer este teste não recebi ajuda financeira, subvenção ou patrocínio do fabricante, distribuidor ou lojista. Faço este teste somente com intuito de auxiliar meus companheiros de hobby a terem parâmetros numa eventual escolha de ração. Ok.


Até logo!


domingo, 15 de novembro de 2009

Um acidente emerso


Plantas aquáticas em sua maioria podem ser cultivadas em sua forma emersa e isto não é novidade pra ninguém, mas na totalidade dos casos é algo conduzido com critério pelos aficcionados, que não foi meu caso - aqui foi acidente mesmo, uma obra do mais puro acaso.


O que aconteceu com meus tufos de ludwigia? Tinha um tufo dessas plantas e procedi a uma poda para desbaste simples e simplemente joguei os talos dentro desse pote de sorvete que tinha areia de piscina misturada com substrato velho de húmus de minhoca (tudo misturado) e fui cuidar da vida, afinal não fico babando aquários 24 horas/dia. Sabe qdo vc sempre quer fazer alguma coisa mas nunca consegue tempo? Foi o caso. Também tive providencial ajuda da minha empregada que no afã de arrumar tudo e sempre, simplesmente colocou o pote naquele famoso lugar chamado "não sei onde"....conhecem? Decorridos umas 3 semanas ou mais foi pegar umas ferramentas nas prateleiras lá do alto e tava esse pote lá com os primeiros brotinhos já querendo despontar. Contei 4 brotinhos. E o resultado tai....

 
Hoje em dia além de ser uma pequena preciosidade doméstica me dei conta que estou "compensando" minhas emissões de carbono....ehehehehe. Pensando bem é bem mais "politicamente correto" (eca....odeio isso...huashuas) que "injetar" gás carbônico e aumentar o efeito estufa.

Acho que vou iniciar o "movimento para desafogar as plantas de aquários" ou "jardins emersos compensadores de carbono"....huashuashuas.
 

Testando NITROBIO em 1ª mão - Parte 2 - Conservação e durabilidade


Desde as primeiras impressões e resultados obtidos com NITROBIO no mês de março/abril, retorno com a penúltima fase de testes (de caráter exclusivamente particular e não subvencionado ou homologado pelo fabricante, fique claro): a conservação e durabilidade.

Propositadamente não utilizei dois frascos e mantive-os em ambiente escuro, porém sob temperatura ambiente, que fica entre a mínima de 15°c no inverno e até 36°c no auge do verão carioca. Não sofreram agitação, nem compartilharam a atmosfera com produtos de limpeza, cosméticos ou de cozinha - ou seja, ficaram isolados dos ambientes que normalmente servem de depósitos para fins domésticos.
A intenção foi verificar a viabilidade das bactérias mesmo após a validade expirar, que no caso foi em agosto deste ano (Data de fabricação: 25 de março/2009, Validade: agosto/2009) como a foto pode atestar.
Decorridos 4 meses com a validade expirada conduzi a seguinte experiência: 

1 - No aquário dos tucunarés, que agora não tem mais 12 exemplares, mas 4 apenas pelo simple fato que estes peixes crescem absurdamente rápidos e o ambiente já não comportavam tantos sem que houvesse forte estresse territorial, razão pelo qual coloquei o excedente a venda. Os remanescentes estão com tamanho médio de 16cm a 18cm com tônus muscular notável e começando a adquirir as típicas manchas barradas/pintadas. Estão muito lindos e vorazes. Neste aquário deixei que os níveis de amônia atingissem os 4ppm, feito isto apliquei a dosagem recomendada e tornei a medir a amônia 24 hrs depois e já tinha caído para 0,5ppm sob forte aeração por bombinha de ar simples. Uma segunda aplicação 24 hrs depois baixou de 0,5ppm para 0,0 ppm. Este valor manteve-se estável por 4 dias e a partir do 5° dia voltou a subir para 0,5ppm (Lembrando que este aquário não possui sistema de filtragem ou circulação, somente uma pedra porosa ligada a uma bombinha simples).


Constatação empírica: embora marcado como válido por somente seis meses NITROBIO comportou-se muito bem, executando a degradação da amônia sem diferenças visíveis dos testes iniciais.

Excelentes resultados. Ponto para a indústria nacional.


domingo, 13 de setembro de 2009

Laboratório IST/FAETEC - Paracambi (Rj)




Atual fase do laboratório IST/FAETEC dotado de microscópio eletrônico e outros mimos científicos.






Atual fase (experimental) do laboratório de ciências aquáticas IST/FAETEC. Em breve será transformado em referência regional com apoio da ONG 5º Elemento.









Bióloga (especialização em botânica) conduzindo aula. Não me perguntem a técnica....rsrs.









Os cortes das folhas sendo visualizados no microscópio. Fiquei muito curioso, até dei uma olhadinha....









Aqui, as macrófitas aquaticas (como os biólogos chamam) que foram estudadas.



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Aquariofilia em prol do meio ambiente - Parte 2

Programa Agentes Ambientais Populares do município de Mesquita (Rio de Janeiro)

TEMA: Ambientes aquáticos do Município de Mesquita
LOCAL DE APRESENTAÇÃO: Escola Ely Bahia.

O Município de Mesquita está desenvolvendo o Programa Agentes Ambientais Populares, que faz parte de um macro-contexto de qualificação ambiental, cujos objetivos são a formação de cidadãos capazes de interagir pró-ativamente na identificação e resolução de conflitos sócio-ambientais que permeiam a sociedade mesquitense em suas mais variadas formas e situações.


Para um efeito mais didático e menos cansativo para os agentes ambientais, subdividi nas seguintes temáticas:

1 - Ambientes aquáticos perenes e anuais (Preservação e equilíbrio)
2 - Elementos bióticos: Cadeia trófica (Equilíbrio dos habitats)
3 - Elementos abióticos
3a - Parâmetros físicos: turbidez, temperatura
3b - Parâmetros químicos: pH, GH, amônia, nitrito, nitrato, fosfato, DBO.
4 - Potabilidade:
4a -Fatores sanitários para consumo humano.
4b - Fases do tratamento da água: Filtragem, floculação, decantação, filtro de carbono, desinfecção.
5 - Doenças de veiculação hídrica: Amebíase, giardíase, gastroenterite, febre tifóide, paratifóide, hepatites e cólera.
6 - Doenças relacionadas à água: teníase, ascaridíase, esquistossomose, ancilostomíase, oxiuríase.


A 1ª parte da aula foi dedicada a localizar dentro do contexto municipal os locais-alvo do programa elaborado, que são os cursos de água vivos, ou seja, aqueles que ainda preservam condições de sustentarem vida subaquática. Nesta fase os alunos identificaram duas situações: o rio dona Eugênia que nasce dentro de uma Área de preservação permanente (Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu) e corta uma parte do município de Mesquita. E a APA Mesquita, já dentro dos limites do antigo campo de instruções do Gericinó (Exército).


Utilizando-me de instrumental químico-analítico pude elaborar uma dinâmica laboratorial em sala de aula para derrubar um imaginário popular que traduz "água translúcida" como água potável. Propositalmente "fabriquei" uma amostra de água com valores absurdos de pH (8,0), GH (1), amônia (> 5ppm), nitritos (> 4mg/l), nitratos (>10ppm) e fosfatos (> 5mg/l) e provoquei um estímulo na busca pelas possíveis fontes contaminantes. Como contra-prova utilizei-me de um simples garrafão de água mineral presente na sala, cuja análise apontou absoluta normalidade de parâmetros.

Os testes utilizados são de uso específico em aquariofilia, mas pela precisão dentro do aceitável foram usados apenas como referências demonstrativas.

Fabricantes dos testes:

1 - pH: Alcon
2 - GH: Alcon
3 - Amônia: Alcon
4 - Nitrito: Nutriara
5 - Nitrato: Red sea
6 - Fosfato: Nutrafin

***Conclusão: Demonstro com esta metodologia que é perfeitamente possível agregar valores educacionais a prática da aquariofilia.

***O próximo município onde apresentarei esta dinâmica será Queimados no dia 23 de setembro de 2009.

.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Qual o valor de um teste - 2

Na postagem "o valor de um teste - 1", apresentei-lhes o teste de amônia que é dos mais importantes e agora volto um passo atrás e abordarei um teste tão popular quanto mal utilizado por todos nós: o teste de pH. Embora muitas pessoas saibam da importância do pH como parâmetro químico, são poucos os que compreendem-no a contento. Não basta saber se um meio líquido tem reação ácida ou alcalina, mas em qual faixa ou valor este se encontra . A maioria dos testes à venda é baseado numa escala de cores onde os valores variam sempre a cada 0,2 décimos de pH, é justamente ai que a porca começa a torcer o rabo - na verdade a cada variação de 0,1 existe um incremento de 10 vezes no potencial hidrogeniônico, logo se um peixe é biológicamente apto a viver em pH de 6,4 e o colocarmos num ambiente com 7,0 na verdade estamos impondo-lhe a agonia de 60 vezes (!!!!) mais alcalinidade que pode aguentar. Os resultados não tardam a tornarem-se visíveis: peixe começa a ficar pálido, não come direito, tem tremedeiras, fica imóvel no fundo, etc.... Não raro vai a óbito.
Como usar corretamente um teste de pH? Não basta seguir o que diz o fabricante, pois infelizmente o mercado está abarrotado de produtos e alguns não atendem os requisitos mínimos de usabilidade/manuseio. Em primeiro lugar toda leitura deve ser feita sob luz natural e jamais em ambiente iluminado artificialmente, pois o espectro luminoso da lâmpada altera a leitura de cor. O tubo sempre deve ser lavado para não guardar vestígios dos testes anteriores, por isso recomendo lavar debaixo de bastante água corrente.
Vamos dar uma pitada de realidade ao texto? Faça o seguinte: veja os valores de pH da água de sua torneira antes de ser tratada para uso no aquário, depois de tratada e diga-me se houve variação, e se houve, de que forma houve esta variação e porque.

Em defesa do filtro biológico de placa - sim senhor...!

Acima: um nano 30x30x30 com uma torre e bomba 90 litros/hora (com redução de 50%)
É interessante como o tempo passa e novas tecnologias surgem e ficam acessíveis ao público. Filtros externos motorizados, canisters, internos de cartucho, internos modulares, etc.... Mas o que não consigo entender é a execração pública de um sistema de excelente capacidade biológica como o filtro de placa. Não conheço outro sistema filtrante que tenha tamanha capacidade de alojar bactérias, nem os tão corriqueiros anéis de cerâmica chegam perto.
Sabemos(eu e outros remanescentes dinossauros)que um filtro de placa só funciona sob algumas exigências, a saber: granulometria da areia entre 2~3mm, camada do substrato de 5 a 8cm, fluxo regulado de acordo com as circunstâncias. Para cada uma destas exigências é preciso adequá-la às características do aquário onde será montado e somente alguém com muita experiência neste tipo de sistema pode analisar cada uma delas.
É diferente de um sistema canister onde enche-se o sistema de água e liga-se o fio na tomada. Mesmo assim não conheço um canister que estabilize um aquário com menos de 40 dias, ao passo que num sistema de placas de fundo é perfeitamente possível que seja feito em menos de 20 dias. Basta que se conheça o sistema! E este conhecimento parece que foi jogado na escuridão das catacumbas do Vaticano!
Sempre me chamam de "retardado", "jurássico", "T-rex", "ET", "Anta paralítica", entre outros elogios qdo defendo o filtro de placa, mas qdo este sistema surgiu no Brasil foi o que me levou a ter meu primeiro aquário decorado com densa floresta de aponogentons, criptocorines, anubias, e até nuphar japonica. ATENÇÃO: estou falando em 1970 e pouco!!!! Aquários plantados podem estar em evidência agora, mas não são novidade pra muitos "dinossauros" ou "retardados"....rsrs.
Um argumento muito usado pelos detratores é qto ao "nescau-café" que se forma debaixo da placa e que levam muitos a acreditarem ser "matéria orgânica em decomposição". Nada mais errôneo que isto. Senão vejamos: o que é matéria orgânica em decomposição? Em 1º lugar: não tem nada se decompondo debaixo das placas, todo processo de degradação já ocorreu na camada que dá suporte as bactérias. Então não é matéria em decomposição!!! Então o que será? Resposta: é matéria inerte!!!! Tal qual num filtro canister que retém a sujeira nas esponjas, o filtro retém tudo que não for possível de ser reduzido pelas bactérias. Apenas uma mudança de local de retenção!
Experimente deixar um canister sem manutenção por um ano e veja o que acontece.... Será que ele vai continuar jogando água pela flauta? Ou será que vai queimar o impeller? Ou os dois?
É preciso entender uma coisa de uma vez por todas: seja qual for o sistema filtrante é necessário manutenção, e neste quesito o filtro de placa novamente leva a melhor..... pode ficar um ano sem manutenção, ou mais - dependendo da carga orgânica imposta ao aquário.
Então o filtro de placa só tem vantagens? Não! Existe uma limitação incômoda que é o número e variedade de peixes que devem coexistir em menor número que em outro sistema filtrante. Kinguios e carpas são péssimas aquisições, por exemplo, assim como a maioria dos ciclídeos pelos seus hábitos de revolver o substrato. Caracídeos são as melhores opções assim como barbos, tricogasters, colisas e outros aparentados.

Sempre defenderei o prazer oriundo da prática da aquariofilia, nunca as regras matemáticas ou teses de pseudo-doutores com suas pseudo-teses científicas. Prazer e conhecimento básico. Uma simples escala evolutiva.

domingo, 5 de julho de 2009

Interessante evolução de um aquário.

Depois de tomar coragem suficiente para desmontar minha montagem inicial resolvi que iria sair um pouco da temática "nature aquarium" e voltar para o conceito de "optimale aquarium" ou aquário holandês, pois foi com este conceito que dei meus primeiros passos em aquapaisagismo. Como vcs podem ver usei poucas variedades para compor a montagem: Hemianthus micranthemoides, Lysimachia nummularia, Lobelia cardinalis anã, Blixa japonica, Ninphea rubra, Cryptocorine cordata.


Aqui já é visível o crescimento das mudas demonstrando que o substrato simples de húmus de minhoca tem uma durabilidade muito maior que o imaginário popular prega via internet. Este substrato já passa dos 2 anos e sempre suportando uma vegetação densa (antes deu conta de um carpete de glossostigmas) e nunca me deu dor de cabeça e muito menos "explosão de algas", e também nunca vazou para o meio líquido.


Nesta fase de vegetação muito mais compacta e de alta demanda por nutrientes é que começo a adicionar fertilizantes comerciais. São: fórmula NPK 8-9-9 biofértil e microelementos aquafauna. A dosagem que optei foram 10 gotas do primeiro e 40 gotas do segundo. Logicamente com suplementação de gás carbônico em 1 bolha/2 segundos.


Entre cada foto transcorreram aproximadamente 30 dias e atualmente (05 de julho de 2009) está com este visual, já pedindo uma poda bem radical para deixar a paisagem mais compacta e sem o ar bagunçado que toma conta da parte dianteira e as duas laterais. Talvez deixe tudo crescer mais um bocado, pois pretendo utilizar as mudas em outra montagem num aquário bem maior que este aqui.

Muita gente pede o tal "set up" do aquário, que transcrevo:

- Aquário 40x40x40. Cortado e colado em casa mesmo. Custo foi de 22 reais, incluso um tubo de silicone flexite.
- Fauna: optei pelos caracídeos - Hyphessobrycon flammeus ou engraçadinho e são um cardume de 22 indivíduos.
- Substrato de húmus de minhoca tratado. A marca que usei foi "pé de serra", que se mostrou muito pura. Usei uma camada de apenas 01 cm.
- Substrato de areia de piscina. Usei 5 cm de camada.
- Aquecedor boyu 50w.
- Termômetro digital Minipa.
- Iluminação: usei duas lâmpadas compactas de 6.500k/15w.
- Filtro externo millenium 1000. Tem vazão de 360 litros por hora. Detalhe: em mais de 10 anos de uso só troquei o refil 2 vezes.
- Uso regularmente o concentrado biológico NITROBIO (Veja postagem referente + testes), na dosagem de 1 gota para 3 litros de água, que me garante alta degradação de amônia e nitritos.
- Não uso aquasafe. Uso anti-cloro.
- O pH oscila entre 6,5 e 7,0 de acordo com a demanda de gás carbônico.
- GH fica cravado em 3, já que uso cloreto de cálcio x magnésio x potássio e bicarbonato de cálcio.
- Nível de nitrato fica sempre entre 2ppm e 3ppm.
- Fostatos totais sempre entre 1,0 e 2,5.

.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Degradação x Preservação x Gestão de resíduos urbanos


Muitos podem estranhar a temática proposta pois não está diretamente ligada à finalidade do blog, mas levanto um debate para questionar o modelo de desenvolvimento vigente desde a revolução industrial que privilegia o consumo em detrimento da qualidade de vida no planeta Terra. As fotos falam por si - um curso de "água" que outrora foi límpido o suficiente para abrigar todo um ecossistema aquático transformado em um inenarrável "rio de chorume"; exemplar único em todo planeta. A que ponto chegamos!!!!!



Estas fotos foram feitas dentro do contexto de um aterro sanitário (nome bonito para "lixão") irregular na Baixada Fluminense utilizado pelo poder público municipal para varrer a sujeira para baixo do tapete. Houve forte tentativa de censurar as fotos com ameaças de "leões-de-chácara" armados, intimidações verbais, mas a verdade não pode ficar escondida afinal não estamos mais sob regime ditatorial desde o governo Figueiredo.




Vc que lê e vê possui uma missão que delego-lhe neste momento: copie e cole estas fotos e faça divulgação do que pode acontecer em sua cidade caso a gestão de resíduos urbanos não seja tratada com a máxima seriedade.



domingo, 24 de maio de 2009

Uma flash-visita ao centro de São Paulo

Para provar que a visita foi mesmo na capital paulista...rs. Quem nunca ouviu falar no Viaduto 9 de Julho, hein...rsrs.

*Antes de começar a passar as fotos uma explicação: fotos feitas em celular de 1,99, logo a qualidade ficou bem próximo do catastrófico....uma pena mesmo.


Como todo bom aquariofilsta-turista vale uma foto no interior da loja


Na parte exterior da loja...rs.


Uma pena que a única câmera era a do meu celular de 1,99....snif.... Estes discos selvagens esbanjam charme e naturalidade


Notem estes discos selvagens!!! Vejam a estrutura craniana e corpórea! A definição das litras verticais....Uma perfeição que aos poucos os peixes mais trabalhados deixam de ter.


Aqui meu amigo de São Paulo - Glauco que atualmente é proprietário de um camping ecológico no extremo norte do litoral paulista em Trindade.


Faz parte de um seleto grupo (no qual eu humildemente incluo-me) que aprendeu o que é aquariofilia muito antes da era internet.


Uma panorâmica da bateria de aquários da loja , que é uma das mais antigas do Brasil

terça-feira, 14 de abril de 2009

Testando em 1ª mão - NITROBIO



Estou testando o NITROBIO em 3 aquários diferentes (na finalidade e na montagem):

- Um aquário 40x40x40 plantado, já maturado e estabilizado.
- Um aquário 80x40x40 com um casal de boca-de-fogo em postura
- Um aquário 1,00x60x60 com 12 tucunarés.

O mais problemático dos 3 aquários é o de tucunarés por razões relacionadas com biomassa e oferta de ração com alta concentração de proteínas (45% PB). Os níveis de amônia ficam sempre acima de 1,0ppm se não for feita troca de mais de 80% a cada 7 dias.

***Apliquei o NITROBIO hoje na dosagem recomendada pelo fabricante e coloquei uma bomba de ar boyu dupla saída (2x1) para diminuir a DBO que certamente iria às alturas pela forte atividade bacteriana que espero. A primeira reação em contato com a amônia dissolvida é uma espumação leve que some em aprox. 20 minutos, ficando a água com aparência normal.

Segundo o fabricante nos testes de laboratório uma dose apenas foi o suficiente para zerar uma concentração de amônia de 4ppm em 24 horas, logo vou aferir novamente às 16:00hrs de amanhã e volto a postar o resultado.

Os outros dois aquários a inoculação de NITROBIO não apresentou sinais visíveis de reatividade, o que de certa forma já esperava pelo fato de estarem com bom equilíbrio biológico.

O nitrobio é um decompositor de compostos de nitrogênio e como tal é esperado que tudo seja reduzido aos seus compostos mais inócuos que são os nitratos e fosfatos, que também vou medir de acordo com a demanda biológica e os dias corridos.

Nitrobio e seus equivalentes estrangeiros usam a mesma tecnologia para a degradação de matéria orgânica em ETE mundo afora, só que em menores concentrações. É uma tecnologia antiga e que empresas como CEDAE (Rj) já dominam e usam em seu cotidiano.

***A pergunta é: se um fabricante nacional obtém resultados equivalentes aos estrangeiros pq não usá-lo?

Decorridos 24 horas da aplicação eis os resultados que os testes indicaram:

1 - Teste de amônia: de 2,5ppm caiu para 0,00ppm
2 - Teste de nitrito: de 1,0ppm caiu para 0,00ppm
3 - Teste de nitrato: indicou 2,5ppm

Obs: o teste de nitrato comprei ontem e só fiz o teste hoje a tarde, logo não pude medir o valor antes da aplicação das bactérias.

O teste de fosfato indicou 3,00ppm, que posso considerar um valor relativamente alto, mas dentro do contexto aplicado entendo que está absolutamente normal, já que não faço trocas de água a mais de 2 semanas.

***Detalhe: Adicionei 10 engraçadinhos aos 5 que já habitavam o meu plantadinho. Com isto espero aumentar muito a produção de uréia visando tirar proveito da alta capacidade de redução bacteriana do NITROBIO e dar um UP nas plantas, já que não uso nenhum adubo industrializado.

***Terminando: o produto cumpre o que promete.



Os testes anteriores foram feitos em aquários com pH entre 6,6 (plantadinho), 6,8 (tucunarés) e 7,0 (reprodução de boca-de-fogo), como podem ver na postagem acima.

Hoje coloquei em funcionamento um aquário de 35x35x35 equipado com FBF (filtro biológico de fundo ou filtro de placa), bomba submersa 90l/h e substrato de areia de rio natural acrescida de conchas quebradas para levar o pH até 7,8. A intenção é testar como as bactérias se comportam em níveis elevados de pH e o tempo que levam para decompor a amônia após a fixação no substrato.

Para tanto foi colocado como fauna 22 platis (várias linhagens), um barrigudinho macho, 2 espadas fêmeas grávidas. O aquário já estava com água a mais de 10 dias, mas ainda sem bomba, apenas com aeração por pedra porosa.

Não é preciso falar (acho que todos sabem) que amônia e nitritos são muito mais perigosos qto maior for o valor do pH, e é justamente este ponto que pretendo avaliar além (é claro) do potencial degradador da colônia bacteriana uma vez fixada pelo FBF.

A dosagem que pretendo usar é a recomendada pelo fabricante que é 01 gota por litro na montagem e mais 01 gota por litro após 3 dias, seguidos da dose de manutenção a cada semana.

*Os testes anteriores apontaram que doses menores (metade) durante a manutenção têm igual capacidade degradante que as doses recomendados pelo fabricante, fato este que atribuo a fixação de parte das bactérias nas dosagens iniciais.

**Decorridos uma semana após a inoculação das bactérias neste aquário alcalino (ph 7,8) pude constatar que mesmo com uma população muito superior ao recomendado para a capacidade volumétrica do aquário os níveis de amônia e nitritos não subiram além do 0 (zero) em momento algum. Momentos antes da introdução dos platis o teste de amônia mediu 3ppm (teste prodac) e nitrito 1,5 ppm (teste alcon). A introdução dos platis foi simultânea à inoculação do NITROBIO.

A aferição dos 4 parâmetros (amônia, nitrito, nitrato, fosfato) e a constatação da estabilidade dos valores mostra que a capacidade de fixação bacteriana do FBF (filtro biológico de fundo) é infinitamente superior a outros muito mais evoluidos ou modernos, isto é fato - como também é a complexidade de ajustar esse sistema para a obtenção de máximo desempenho. Uma fórmula que perdeu-se no tempo.


Acima: o aquário de 80x40x40 que abriga um casal de boca-de-fogo (Cichlassoma meeki) em reprodução.

Acima: o tanque de 1,00x60x60 com 12 tucunarés.


Acima: um detalhe do crescimento vigoroso das chigogas (Eichornia crassipes) após a inoculação do NITROBIO. Uma prova visual bem interessante da disponibilidade de nitratos e fosfatos proveniente da implementação do ciclo do nitrogênio pelas bactérias aeróbicas.
.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Aquário público: Pq de sua existência e manutenção?

Como vcs podem notar o texto faz menção ao aquário público de Aparecida (SP), localizado dentro do santuário de N. S. de Aparecida (Área anexa). O valor pago é 3 reais/adulto e 2 reais/criança, sendo que até os 7 anos é entrada franca.


Igualzinho um cinema...rs


O que levanto aqui é a validade (ou não) de uma atração cujo valor investido na fase de projeto e implementação é altíssimo, assim como a manutenção e não é cobrando r$ 3,00 (que sejam r$ 30,00 não importa) que existirá retorno de tudo que foi posto até a data da inauguração.


O simples apelo de atração visual não justifica tal empreendimento se forem a ele atreladas outros atrativos ou utilidades. Tudo bem que durante minha visita o local estava bem cheio e movimentado, mas e os dias em que o público pagante escasseia?


Vejo como primordiais atividades extra-visitação tais como estágios supervisionados, desenvolvimento de tecnologias, pesquisas e estudos acadêmicos, etc.


Notem o amplo salão de um setor. Merece este aquário público um comentário: foi muito bem elaborado no projeto com locais bem estudados para compor o cenário geral, mas chamou-me atenção qto ao aspecto específico dos aquários e dos peixes: preocupou-me demais a absoluta falta de decoração (layout) e um misto de desleixo + desconhecimento com a maioria dos peixes. Explico: notei ferimentos, intoxicações (peixe-leão), mutilações, peixes obesos, incompatibilidades biológicas, aquários mal-montados (excesso de enfeites de plásticos!!!!), etc. Ao conhecedor mais experiente fica óbivio que os cuidados não estão sendo conduzidos por alguém do ramo e sim por um gestor alienígena. Uma pena mesmo....


O tanque do tubarão é de longe o que mais atrai visitantes e por isso mesmo o mais cuidado, mesmo assim é como botar um kinguio numa jarra de suco.


Que aperto meu amigo!!!!


Outra atração legal é o aquário multi-face bem parecido com o que existia no barra shopping onde convivem mega-jumbos como tambaqui, surubim e um imenso cardume de lambaris.


Setor oposto ao da entrada.


Como mencionei anteriormente um aquário público é um bom local para a prática da educação ambiental já que a interação é forte e abre horizontes para muitas discussões.


O que faz uma área de recreação infantil dentro do aquário público? Resposta abaixo...


Preciso explicar?



.