segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Reunião de Tamandaré(Pernambuco) - O documento redigido

Na íntegra o documento resultante das discussões sobre ordenamento da atividade hobbista e do mercado aquariofilista no Brasil.

Vejam com atenção quem foram os representantes de nossos interesses>>>

http://www.4shared.com/file/65934547/d6a38a56/_2__rel_peixes_ornamentais_tamandare_out_2007.html

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Nossos inocentes peixes

Autora: Leyla Sá (orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=18174956866127312439 )

Expondo-me de antemão, solicito que não façam conclusões errôneas acerca do que aqui venho, hora, explanar.  Percebo a intenção que todos aqui possuem de fazer explanações, indagações e questionamentos sobre a causa primeira de participação de todos nesta comunidade, ou seja, os nossos adoráveis peixes.

Em meios às tentativas de se fazer sublime um desejo de posse, nós procuramos alternativas que contêm a vida, a dependência, a relação quase recíproca de oferecer a sobrevivência que deveria ser fatídica, embora muitas vezes não seja duradoura, aos nossos olhos ofuscados por tanta beleza e graça proporcionadas por nossos queridos peixes. É desse ponto que parte a reciprocidade, nós oferecemos condições e os nossos peixes retribuem com as suas brincadeiras e nado fascinante que nos envolvem naqueles longos minutos de apreciação. 

O valor de um peixe não deveria ser atribuído apenas por seu preço que geralmente é proporcional à sua beleza ou raridade, mas de posse do ser, pelo valor simbólico que ele carrega quando passo a passo transformam a nossa vida. Pena que geralmente o simbólico vem agregado, ou condiz com o esforço de ser o valor real, ou seja, reais. O que entra em jogo é que tanto neons, que são considerados peixes baratos, como os marinhos, que são considerados caros, discrepam na atenção e preocupação de aquaristas pouco experientes e pouco amantes, que esquecem que o direito a vida sempre deverá estar acima de qualquer outro direito.

Amantes do aquarismo novos no ramo acreditam nos vendedores e depositam valores posteriormente frustrados com a aquisição do peixe. É um pequeno e fútil castelo de arreia que se desmorona quando percebem que o sucesso não se relaciona tão somente ao amor, mas com o controle de parâmetros que exige muito esforço, em especial, baseado na leitura. Eu não culpo a ignorância de vendedores e hobbistas pouco experientes, mas a coleta de informações precisas é primordial para o sucesso, embora não garantido, na criação de animais de estimação. 
De quem é a culpa? De quem mantém a ignorância expressada na venda ou de quem ora não se responsabiliza pela aquisição? A grosso modo, peixes são como carros, eles vem com manual de instrução, embora não tão acessível como o manual do veículo encontrado no porta luvas do carro e que não te deixa a pé. Agora lascou! Assim não dá, assim não dá ... Vamos continuar de forma reacionária o processo de conhecimento da causa primeira de participação de todos na comunidade, ou seja, nossos adoráveis peixes.

domingo, 21 de setembro de 2008

Amigos do acará-disco - o encontro

No dia 18 de setembro de 2008 foi dia de encontro e confraternização na loja smart fish(Rio de Janeiro). Com o tema central voltado para o acará-disco foram abordados vários assuntos afins.


Embora vários palestrantes tenham nos dado a honra de compartilhar seus conhecimentos nenhum deles conseguiu ser tão interessante qto a do Marcos Leandro, que foi uma grata surpresa pela abordagem administrativa e empresarial que envolve uma aquicultura tecnificada e de alta produtividade.


Saindo da lógica amadora de manutenção baseada em pouca mão-de-obra sua aquicultura absorve 50 funcionários e várias estufas hi-tech, uso de engradados de plástico, aquecimento artificial para todo ambiente, licenciamento ambiental, autorizações oficiais de órgão competente, e alimentação 100% artificial(nutron).


Em suas viagens ao redor do mundo este em vários países como República Theca, Singapura, China, Malásia, dentre outros, visitando e conhecendo técnicas e métodos de produção em escala.


Usando termos como "felling", "parcerias", "valor agregado", "exportabilidade", passou-nos a experiência de quem começou pequeno mas pensou grande.
Usando métodologia profissional obteve resultados profissionais. O contrário do mercado produtor carioca que usa métodos amadores e têm resultados amadores.....


Um aluno presta atenção ....


Uma mini-panorâmica do público presente




Reencontro de amigos!!!

domingo, 17 de agosto de 2008

Visitando um riacho de Mata Atlântica 17 de agosto de 2008




Transição entre a água castanho-chá para transparente cristalina. Interesante!!!!


O que lhes parece este lugar? Nada né....rs Para mim é um biótopo de killifishes. Não divulgo, não revelo local.



Mini jardim criado pelas mãos da natureza. Eleocharis eu reconheço, mas e a outra que está ramificada na mesma moita?


Início de caminhada pelo leito do riacho. Água muito gelada e pedras....muitas pedras!!!!



Impressionante qualidade de água garantida pela manutenção da cobertura vegetal denominada de "sub-montana - obrófila densa". É aqui que recarrego minha mochila de hidratação com água mineral. Um luxo para poucos.


Posando para a lente do fotógrafo uma testemunha de um passado de atividades vulcânicas no maciço do Tinguá - não são os dois não....rsrs. É a pedra de coloração negra. De perto é possível notar as marcas circulares do momento em que foi expelida na forma incandescente do vulcão.


A medida que vamos avançando em direção a mata fechada também aumentam o tamanho das árvores. Esta pode ser considerada uma "anã" dentre as gigantes locais.


Bacia formada pela junção de várias nascentes. Água de 1ª e com custo zero.


A foto dá uma perspectiva errada da tranparência e da quantidade de peixes que habitam o "poço". A sensação qdo mergulhamos é de que estamos num imenso lago de chopp de tão gelada que é....rsrs.



Junte 85 quilos + pedras + água + 4 kms + guia sádico = tênis indo pro lixo.


Aquário natural com um belíssimo cardume de mocinhas(Caracidium).


Mais um biótopo anual de Leptolebias. O interessante deste biótopo é sua quantidade de ferro e a vegetação palustre na época das cheias. Também não divulgo ou revelo a localização, a não ser que me apresente documento do órgão oficial autorizando coleta, assine ter conhecimento de toda legislação do CAT-SISBIO e também leia, compreenda, concorde com 12 artigos do conselho gestor responsável pela área. Não se iluda - a maioria das pessoas não atende sequer a 2 artigos, que de lá 12!!! Mas se vc ler o texto vai ver que não existe nada demais. O problema é que o "povo" está costumado com o "mole"...sacou....!!!!

Um dos artigos restritivos de posse: "não é permitido coleta de organismos vivos para posterior conservação em formol ou quaisquer solução química que venha a provocar óbito".

Querem outra? "o solicitante deverá provar (perante comissão técnica) possuir tecnologia e conhecimento para conduzir pesquisas, e que estas não produzam morte, sofrimento, dor ou desconforto.

Mais: "ao términio das pesquisas os organismos e seus descendetes deverão ser reintroduzidos no exato local da coleta, verificado estado de saúde geral e específico".

Parece fácil? E é....! Mas 95% de todos os solicitantes não possuem requisitos básicos em conhecimento, tecnologia ou ética. Triste.....


Cenário raro principalmente se levarmos em conta a proximidade de um grande centro urbano a menos de 6 kms.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A loja é o de menos! O que importa é quem está lá dentro! Parte 2

Da esquerda para a direita: Marcelo, André e Rodinei. Somente 3 pra darem conta de até 16 clientes(como já aconteceu)num loja do centro do Rio de Janeiro. Estas pessoas fazem o impossível para atenderem bem a tantas pessoas. Se algum dia vc teve pouca atenção ou foi atendido de maneira não satisfatória por favor dê o perdão....eu não conseguiria fazer melhor que eles.


Marcelo....: diz ai...onde dói? rsrsrs


A loja é o de menos! O que importa é quem está lá dentro! Parte 1

Iniciando uma sequência em que mostrarei à vcs o verdadeiro "pq" de algumas pessoas frequentarem determinadas lojas. Quem nunca se perguntou: "pq gosto mais da loja x e menos da loja y"? Talvez(ou certamente)a resposta esteja na empatia entre vc e aquele "balconista"( veremos adiante pode ser muito mais que isto).

A razão de vc comprar em determinda loja independe do layout interno ou externo, publicidade, diversidade de produtos, planos de parcelamento, etc. Na verdade as pessoas compram pelo impulso inconsciente gerado por laços de simpatia, quer ver? Esbarre com um vendedor mau humorado, grosso e ignorante numa loja que ofereça descontos promocionais - seja sincero vc compraria mais de uma vez lá? Creio que não....mas tudo bem....sempre tem quem goste de gente estranha....rsrs


Numa das lojas mais bem transadas do Rio de Janeiro vcs podem encontrar lá dentro o Méd. veterinário Reinaldo Santana. Para quem não sabe vou passar o "cartel" dele: Já publicou vários artigos de herpetologia/terrariofilia/aquariofilia nas revistas aquarium, mania de bicho, aquarismo; foi membro da ACAPI, CENAPA, já foi editor de seu próprio periódico(Jornal de aquariologia). É contemporâneo de nomes como Bergamini de Abreu, Ivo Penna, Alex Damázio, Raul Pereira, Juarez Camara e outros que a memória me trai....! Ufa....é gente demais viu....rs.


Aqui uma amostra de um pequeno aquário plantado exposto no interior da loja, que prova uma máxima em noso hobby - "beleza independe das dimensões". Montado pelo meu amigo Anderson(ex-caracol).


O mais novo integrante do time atende pelo nome de Amilton, que vem com experiência comercial na CIA dos AQUÁRIOS.


Pela diversidade de plantas e pelos preços bem honestos sinto-me estranhamente compelido a comprar minha salada verde por lá....rs.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Peixes de aquário nascem nas lojas? Saiba como é a ponta da cadeia produtiva. Parte 1

Dando início a série de reportagens mostrando para o imenso público hobbista como é de fato uma piscicultura ornamental e como elas funcionam na região da Baixada Fluminense trago a vcs a piscicultura três peixes de propriedade do Marcelo.


Localizado na cidade de Engenheiro Pedreira(Município de Japeri), para onde transferiu-se à aprox. 3 anos. A propriedade atual já havia sido explorada por outros proprietários, mas devido a inexperiência não conseguiram sucesso na atividade.


Atualmente estão sendo criadas em escala comercial peixes ornamentais que tradicionalmente são reproduzidos em mínima escala e geralmente dentro de residências. São os pouco conhecidos "killifishes"(não confundir com "killer"fish...ok). Provavelmente é a primeira propriedade na Baixada Fluminense voltada a esse tipo de criação.


Um dos processos numa criação em escala é a calagem, que torna o ambiente propício ao desenvolvimento de plâncton, parte imprescindível na alimentação de qualquer organismo aquático.


O sistema de produção obedece a lógica: depois de eclodirem os alevinos seguem para tanques especialmente preparados com abundância de alimento vivo na forma de fitoplâncton até que atinjam a fase de pós-alevino qdo são transferidos para os tanques maiores.



Acima: um recurso óbvio para quem vive no ramo - a tela protetora contra predadores alados, répteis e anfibios. Estas plantas que vcs podem são as Bacopa monnieri, muito comuns na região.


A água lhes parecem imundas? Não se iluda - trata-se da aparência normal num tanque rico em plâncton. Água transparente e límpida significa ambiente pobre em alimento, logo não é possível obter-se boa produtividade e rápido crescimento dos peixes.



Depois de um dia enfiado dentro dos tanques com lama até o pescoço, ainda tem ânimo para levar Pink Floyd, Celso Blues Boy e Deep Purple no violão. Marcelo é músico e toca contra-baixo em banda de rock. Por essa eu não esperava...ehehehe.