Na postagem "o valor de um teste - 1", apresentei-lhes o teste de amônia que é dos mais importantes e agora volto um passo atrás e abordarei um teste tão popular quanto mal utilizado por todos nós: o teste de pH. Embora muitas pessoas saibam da importância do pH como parâmetro químico, são poucos os que compreendem-no a contento. Não basta saber se um meio líquido tem reação ácida ou alcalina, mas em qual faixa ou valor este se encontra . A maioria dos testes à venda é baseado numa escala de cores onde os valores variam sempre a cada 0,2 décimos de pH, é justamente ai que a porca começa a torcer o rabo - na verdade a cada variação de 0,1 existe um incremento de 10 vezes no potencial hidrogeniônico, logo se um peixe é biológicamente apto a viver em pH de 6,4 e o colocarmos num ambiente com 7,0 na verdade estamos impondo-lhe a agonia de 60 vezes (!!!!) mais alcalinidade que pode aguentar. Os resultados não tardam a tornarem-se visíveis: peixe começa a ficar pálido, não come direito, tem tremedeiras, fica imóvel no fundo, etc.... Não raro vai a óbito.
Como usar corretamente um teste de pH? Não basta seguir o que diz o fabricante, pois infelizmente o mercado está abarrotado de produtos e alguns não atendem os requisitos mínimos de usabilidade/manuseio. Em primeiro lugar toda leitura deve ser feita sob luz natural e jamais em ambiente iluminado artificialmente, pois o espectro luminoso da lâmpada altera a leitura de cor. O tubo sempre deve ser lavado para não guardar vestígios dos testes anteriores, por isso recomendo lavar debaixo de bastante água corrente.
Vamos dar uma pitada de realidade ao texto? Faça o seguinte: veja os valores de pH da água de sua torneira antes de ser tratada para uso no aquário, depois de tratada e diga-me se houve variação, e se houve, de que forma houve esta variação e porque.